JARDIM DOS ENCONTROS
Lugar de encontrar palavras, devaneios, imagens e sonhos plantados a esmo.

domingo, 14 de outubro de 2012

Da série PALAVRAS AO VENTO: Debout, Isabela!

Tenho um canteiro de pequenas flores na entrada da minha casa. São umas florezinhas ordinárias, que nascem em qualquer lugar, mas que decidi colocar num vaso à minha janela porque eu acho elas muito bonitinhas e contaram-me que eram fáceis de cuidar.

O que ocorre é que elas precisam de mais atenção do que eu previa; se não as molho, ficam feias de dar dó. Mas estão ali desde minha chegada ao Garcia, então trocá-las por outra espécie não me soa tão legítimo assim. De todo modo, algumas vezes que elas parecem efetivamente mortas eu decido: 'Já deu', e me agendo mentalmente para substitui-las. Aí que, se tomo essa decisão mental numa 6ª feira, é quase certo que antes mesmo do domingo elas estejam floridas e vistosas novamente, como por uma mágica capacidade de auto-preservação.

Prevendo o fim, eis que se renovam a partir do que parecia perdido!

(...)

Eu sou como essas florezinhas ordinárias. Um ciclo maluco de morre-renasce-floresce-murcha-começatudodenovo que, puxa..., é tão veloz que perco a paciência inúmeras vezes. Não havendo exílio destas terras mesmo quando elas parecem definitivamente esgotadas, é aqui mesmo, no meu parco terreno afetivo exausto que procuro novo alimento. 

Tenho conseguido, por mais que a florada não venha sendo tão bonita quanto eu gostaria. Mas... c'est la vie, enfim.

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