Logo após me separar, eu preenchi o oco interno com muito, muito, mas muito ruído externo mesmo. Encontrei um amigo gêmeo de alma em termos de hiperatividade, e cumprimos juntos todo o roteiro de festas, serões de trabalho e conversas na cozinha madrugada adentro. (Lov u, Ciroco!!!)
Era comum eu enlouquecer e ser a alegria das festas, nas quais devo ter bebido pelo menos 30% do meu soldo mensal. Era realmente divertido, e Ju era uma das companheiras mais frequentes naquelas incursões noite afora. Saudade dela.
E foi ela que, recebendo um muchochento telefonema meu num domingo de tarde, me chamou atenção para o fato de que aquela depressão infeliz que eu sentia de forma recorrente poderia ser nada mais do que uma rebordosa por conta de um cigarro mentolado que eu costumo fumar. Uma ressaca química, por assim dizer.
Acho que ela estava muito certa, e salvou-me de gastar em intermináveis sessões de terapia às quais teria ido para localizar o incômodo existencial que me acometia todo domingo ao acordar... Ainda bem que é mais simples.
(...)
Ontem foi um dia de festa. Nada tão pesado a ponto de comprometer a conta bancária como outrora, mas divertido o suficiente a ponto de gerar muito lixo que precisei juntar em sacos grandes e levar até o alto de minha rua. Foi divertido, foi afetuoso, depois ainda foi gostoso. Então, porque será que acordei de madrugada completamente incomodada com um sei-lá-o-que que está me fazendo sentir enjôo de tanto que está mexendo comigo? Whatfuck do you feel, Isabela? Come on, honey, help your own mind (or heart, I don't know actually...).
Aí que estou aqui, LOUCA-DA-SILVA, porque entendi que é hora de arrumar a casa. As casas na verdade, com direito a mudanças por fora e por dentro e pelos lados e por trás e no futuro à frente. Tá uma consumição interna por conta de algo que nem consigo reconhecer, e sei que nesses momentos a minha intuição é coroada senhora de mim. Ela tocou seu alarme, e só ficarão as coisas sob sua aprovação, isto é certo.
Enfim; dia de arrumações. Furacões apontam no horizonte, então o momento é de levar as coisas mais importantes para o abrigo no porão e deixar o restante voar pelos ares.
(...)
Que assim seja, então!
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