É como um trem: ansiedade imensa para conseguir comprar o passe, marcar um bom assento, encontrar a plataforma correta, chegar na hora agendada... Pânico quase sempre.
Mas assim que as malas são colocadas no bagageiro e a cabeça se acomoda junto à janela, a tranquilidade toma conta de tudo, e não resta nada que não a contemplação sadia do caminho. Adoro este momento, porque minha voz se torna calma e eu viro porto e deixo de ser nau. E meu sorriso é mais brando e meu olho é mais bonito e tudo se torna mais simples em meu entorno.
Sensações diametralmente opostas. Agonia que começa com a loucura da busca, o medo da ausência, mas se desfaz na primeira curva da estrada e dá lugar a uma das coisas das melhores que existem em mim. Às vezes me distraio mas jamais perco de vista a estação correta da minha descida.
(...)
É assim. Bons encontros me causam isso. Espero que eu nunca perca o prazer de contemplar a paisagem lá fora e os assuntos aqui de dentro.
Eu simplesmente adoro ler o que vc escreve, Saudades...Desculpe invadir seu blog, beijos!
ResponderExcluirSeja bem vinda sempre, moça
Excluir